terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Entre "easy's" e "simples", segue a vida...
Lembro que quando eu estava entrando na adolescência, eu tinha um hábito de ouvir música trancada no quarto, e como sempre gostei de escuro, as luzes sempre eram apagadas e som ligado no volume médio. Eu ouvia de tudo que uma adolescente que não curtia a maioria que os outros curtiam gostava de ouvir; na época eu escutava muito Legião Urbana, mas sobre rock internacional minha primeira paixão foi The Doors. Aí depois que veio minha alucinação por Radiohead e posteriormente Belchior.
Mas eu tenho uma história de paixão oculta que é engraçada. Uma vez chegou lá em casa uma amiga de meus pais avisando de um show que teria em Viçosa com uma Banda de nome Time Machine, ressaltou ela que era uma banda "do estilo que eles gostam", até que fomos prestigiar o show. Eu me apaixonei logo de 'cara' pelo jeito como aquele pessoal interpretava as músicas, composições clássicas do rock anos 70, 80 e tudo mais. E como eu estudava música em casa (a influência delas no meio social e tudo mais), eu me apaixonei pelo som que os caras faziam.
Foi ai que eu conheci Faith No More, tudo por causa de uma música linda com nome de "Easy" que ouvi Serginho Lamecci cantar. E a rotina foi mudando, toda vez que eu chegava em casa ao invés de ouvir Legião, ouvia Easy interpretada por Time Machine, clicava no botão replay umas dez vezes, só pra ter a convicção total de que as coisas são realmente fáceis e que era eu quem complicava demais os simples problemas que eu tinha na época.
O mais engraçado de tudo isso é que essa música, de princípio, é uma canção de "amor derrotado", mas eu sempre encarei como uma propagação da vida, de como as coisas deveriam ser fáceis e simples de lidar, e era bom ouvir ele cantar "I'm easy like Sunday morning."
Hoje, depois de alguns anos sem ouvir essa música que marcou alguns momentos meus. Precisei recuar no tempo para ouví-la novamente. Eu, com esse meu espírito inquieto, com esses problemas que estou passando que agora são de verdade, precisei acalmar minha alma com essa canção um tanto louca mas que me deixa leve, e por vezes me fez convencer que a vida não é tão difícil, que indivíduos bons existem, apesar de muitas vezes o mal se sobressair em muita coisa.
O fato é que, algumas vezes, fugimos da essência de sermos nós mesmos só para demonstrar uma aparência que não nos pertence.
E, se o que eu mais prezo é paz e ser feliz sem prejudicar os outros, eu não posso compactuar com o que querem de mim de uma forma errada...
"i've paid my dues to make it
Everybody wants me to be
What they want me to be
I'm not happy when I try to fake it! No!"
É, eu não sou feliz quando finjo!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Um furo de reportagem...
De vez em quando fico analisando como é a imprensa, e como é a nossa reação diante das tragédias que circundam nosso meio. Um mês desse, imprensa toda estava de olhos voltados para o caso da Advogada que, supostamente, teria sido morta pelo seu ex namorado ,- um também advogado. Por um motivo claro, ciumes. Nada foi comprovado, a notícia tava ficando saturada na TV, e o "destino" mais uma vez colocou mais um furo de reportagem para salvar a programação e o ibope dos "jornais". As chuvas no nordeste!
Em junho, cidades do interior de Pernambuco e Alagoas sofreram com enchentes que acabaram com milhões de casas, deixando aproximadamente 57 mortos e muitos desabrigados. Inicia-se ai, uma campanha para ajudar essas vítimas, mobilização do Governo Federal, Estaduais, Municipais, Prefeitos e Governadores interessados em reconstruir suas cidades, ajudar seus eleitores desabrigados, digo, cidadãos desabrigados e uma mobilização não só nacional, mas auxílios internacionais chegando as cidades mais prejudicadas.
Durante essa época ouvi várias vezes não só entre pessoas civis "comuns" (entenda meu termo), como também os jornais impressos e televisionados questionando a "fúria" da água, que com chuva não se brinca; ouvi gente até dizendo que era castigo de Deus. Mas, analiso e pergunto: Será culpa da natureza?! Acho que não.
No entanto, não quero tocar nesse ponto agora, o que trato aqui em específico é o que é, ou não é importante para a "impressa" e o público em massa.
Pronto, passou!! Observando a televisão parece que aquelas cidades todas destruídas foram todas reconstituidas em um passo de mágica, aquelas mais de mil famílias desabrigadas e sem comida ganharam de repente moradia, trabalho e vida digna. Engraçado, vendo tudo pela televisão a gente pensa que as notícias são como novela, todas, no fim, terão final feliz.
Agora vamos ficar ligados no Jornal das 20:00hrs, e ver as últimas notícias sobre o Goleiro Bruno e a descoberta da sua fase do "mata-mata!"
Analisando tudo isso, posso citar aquela frase célebre: seria cômico se não fosse trágico.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Verdades e consequências...
... da Política, talvez!
Em se tratando de características da política populista, ela se dá menos por um conteúdo determinado que por uma maneira de exercício de poder, faz-se através de uma união de autoritarismo, dominação carismática e contato direto com o eleitor, articulação direta com a população.
Alguns representantes políticos populistas do Brasil em meados da década de 30 foram Jânio Quadros, Adhemar de Barros, Paulo Maluf entre outros. Mas, de todos esses, a forma de governo populista se consolidou e teve maior destaque com o representante político Getúlio Vargas, que chegou ao poder após o Golpe de Estado nos anos 30, sendo democraticamente eleito, e apelidado de “o pai dos pobres”.
Vargas utilizou de estratégias de governo ainda tendo em vista seu valor diante das massas, sua popularidade entre as massas é atribuída a sua liderança carismática, empenhando-se na formação de reformas trabalhistas que favorecem o operariado. No entanto, além disso, no período de Vargas os trabalhadores foram ganhando forma no País, onde, em parte, foi um Governo voltado para os ganhos trabalhistas, visto que, ainda algumas de suas medidas minaram o poder dos sindicatos e de seus líderes.
Visualizando o Governo Populista de Hitler, é importante citar que Vargas se não o Populismo, mas a forma propagandística de Hitler ele aproveitou em sua eleição. Tendo em vista Adolf Hitler como um governo extremamente autoritário, causador de grandes revoluções em seu governo com sua estrutura de regime totalitário, tendo em vista que o Populismo é um conjunto de desejo individual e um grupo ansioso pelo poder e as necessidades da grande massa.
Observando Hitler, tanto como Vargas, ele tinha toda a massa a seu favor, seu poder era fiel as suas ideologias e a forma como o mesmo utilizava era totalmente seguindo os traços de um Governo Populista. Apesar de não ter sido eleito pelo regime democrático, tinha, em suma, toda a massa a seu favor. Agindo de forma carismática, com propostas de mudanças, articulando com a classe trabalhadora.
A partir de todos esses paralelos, venho a pensar porque as formas de governo dos dois, apesar de bem parecidas, foram tão diferentes. Talvez voltando e apertando naquela tecla de que só conhecemos de fato o homem se dermos poder a ele, poderíamos encontrar alguma explicação para a divergência de ambos, talvez pudesse ser a ambição individual de cada, a forma como eles queriam dominar seu governo, afundar ou edificar a construção de um Estado laico, de estrutura, segundo eles, “democrática”.
Mas ora, é normal de cada governante exigir democracia, dizer que todos nós somos iguais, e que tudo está melhor que antes, porque hoje há DEMOCRACIA. O fato é que, essa questão de democracia, de cidadania, de Estado laico é só uma criação burguesa para manter as massas a favor da minoria, o ponto mesmo que as coisas devem ser tocadas é, quem sabe, a política social, pública e nossa chegar de forma individual no contexto geral.
Quem sabe um dia “eles” se atentem para tais. Enquanto isso, vamos fundando novos partidos, novas correntes, novos escândalos, novas manchetes de jornais “comprados” e “vendidos” por eles, vamos lendo Revista VEJA e assistindo Jornal Nacional.
Mas, o que eu tenho medo mesmo é do silêncio do povo!
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