segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um furo de reportagem...


De vez em quando fico analisando como é a imprensa, e como é a nossa reação diante das tragédias que circundam nosso meio. Um mês desse, imprensa toda estava de olhos voltados para o caso da Advogada que, supostamente, teria sido morta pelo seu ex namorado ,- um também advogado. Por um motivo claro, ciumes. Nada foi comprovado, a notícia tava ficando saturada na TV, e o "destino" mais uma vez colocou mais um furo de reportagem para salvar a programação e o ibope dos "jornais". As chuvas no nordeste!
Em junho, cidades do interior de Pernambuco e Alagoas sofreram com enchentes que acabaram com milhões de casas, deixando aproximadamente 57 mortos e muitos desabrigados. Inicia-se ai, uma campanha para ajudar essas vítimas, mobilização do Governo Federal, Estaduais, Municipais, Prefeitos e Governadores interessados em reconstruir suas cidades, ajudar seus eleitores desabrigados, digo, cidadãos desabrigados e uma mobilização não só nacional, mas auxílios internacionais chegando as cidades mais prejudicadas.
Durante essa época ouvi várias vezes não só entre pessoas civis "comuns" (entenda meu termo), como também os jornais impressos e televisionados questionando a "fúria" da água, que com chuva não se brinca; ouvi gente até dizendo que era castigo de Deus. Mas, analiso e pergunto: Será culpa da natureza?! Acho que não.
No entanto, não quero tocar nesse ponto agora, o que trato aqui em específico é o que é, ou não é importante para a "impressa" e o público em massa.
Pronto, passou!! Observando a televisão parece que aquelas cidades todas destruídas foram todas reconstituidas em um passo de mágica, aquelas mais de mil famílias desabrigadas e sem comida ganharam de repente moradia, trabalho e vida digna. Engraçado, vendo tudo pela televisão a gente pensa que as notícias são como novela, todas, no fim, terão final feliz.

Agora vamos ficar ligados no Jornal das 20:00hrs, e ver as últimas notícias sobre o Goleiro Bruno e a descoberta da sua fase do "mata-mata!"

Analisando tudo isso, posso citar aquela frase célebre: seria cômico se não fosse trágico.